SHOW SOCIAL DA COPA BRASILEIRA COMPENSA O FIASCO DA SELEÇÃO
Edu: Uma chacoalhada de 7 a 1 e a Alemanha sai
ovacionada do Mineirão, um sacode de 3 a 0 e a Holanda sai nos braços do povo
no estádio Mané Garrincha. Essa torcida é o retrato acabado do Brasil cordial,
aquele das raízes indígenas, das belezas, do sorriso e da simpatia, velhos
estereótipos mais vivos do que nunca. É o que nos resta desta Copa - e não é
pouco. Quanto ao futebol, por favor, será que dá para reinicializar?
Carles: Os indígenas tinham desculpa, foram
surpreendidos, desconheciam os códigos dos chamados povos civilizados, dos
invasores de então. Durante esta Copa, foram os alemães e holandeses os
visitantes que quiçá souberam cativar os nativos, e sem precisar recorrer às
prendas brilhantes ou espelhos. E jogaram como um dia jogavam as equipes
brasileiras. Em todo caso, os colonizados, futebolisticamente, foram eles. E
seus seguidores estão encantados com isso. Mesmo assim, a partida de hoje não
serve de referência, muito mais preocupantes os jogos contra México, Chile ou
Colômbia e até a estreia contra Croácia, sem falar do atropelo da semi. A
maioria deles, com Neymar no time. Não é sempre, mas às vezes, os erros no
futebol se pagam. E a direção abusou. Também acho difícil que a comissão
permaneça como se deu a entender. Mais provável que fosse uma cortina de fumaça
para que o jogo de hoje tentasse maquiar um pouco a situação. Que me conste já
andaram sondando os possíveis substitutos.
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