Edu: Também somos
torcedores sem fronteiras, como tantos por aí. Pertencemos àquele tipo de
apreciador de futebol que lê e vê muito, identificamos estilos e padrões
táticos com certa facilidade até. Logo, imagino que os treinadores e as equipes
técnicas também têm acesso a tudo, certamente de uma forma mais sofisticada,
porque são equipes especializadas voltadas para essa captação. Talvez isso explique,
por exemplo, a fórmula encontrada por alguns times para neutralizar o Barça (o
Santos não conta) e também a Seleção do Marquês. Será que cada vez existem
menos segredos no futebol?
Carles: Nada se
inventa, tudo se transforma. As novidades do Barça, se esmiuçarmos a história
do jogo tático, nada mais são do que velhas estratégias recicladas, recuperadas
e turbinadas com métodos e preparação física mais sofisticados e a grande
esperteza do senhor Pep de observar as estratégias de outros esportes, bem
menos conservadores (inclusive porque têm menor compromisso público e menos que
perder). Portanto, opino que o mais meritório é a capacidade de se reinventar,
de não se acomodar a uma mesmice vigente. O problema é que as reinvenções tem
prazo de validade e precisam ser re-reinventadas sempre. Não posso evitar citar
novamente Guardiola, que teve a sabedoria de se afastar do objeto para
conseguir uma perspectiva crítica. Já Don Vicente não tem tempo para isso.
Quanto aos segredos, espero que ele tenha algum guardado na manga porque
ultimamente custa a La Roja surpreender alguém que não seja o Taiti.
Leia o resto desta publicação em
Nenhum comentário:
Postar um comentário