Edu:
Felipão sempre teve problemas com uma grande parte da mídia. Não é um cara que
recebe bem as críticas, tem o costume de radicalizar quando é contrariado e,
por isso, comete muitos erros que poderia evitar. Mas na Confecup deu para ver
que o papel da crítica pode ser bastante justo e eficaz se houver argumentos.
Não fosse uma pressão legítima para que a Seleção não adotasse os modelos
defensivos de que Felipão tanto gosta, certamente não teríamos aquele desfecho.
De certa forma, esse foi o jogo de parte saudável da mídia, que não é servil
nem sectária. Imagino que Del Bosque também tenha a quem ouvir pelos seus
lados, mas convive também com os puxa-sacos de um lado e os sectários do outro.
Carles: A relação de Del Bosque com a imprensa é cordial, como todas as
relações do Marquês. Mesmo desde regiões como Catalunha ou Euskadi, ele não
recebe muitas críticas, porque na verdade ele é o alterego do Felipão, assimila
tranquilamente opiniões contrarias e nunca, eu disse nunca, muda o tom e voz. Nestas
declarações do treinador, publicadas pelo jornal ‘El mundo’ em que responde a
algumas críticas recebias na Eurocopa e 2012, quando decidiu jogar sem um
centroavante de ofício: "Vicente Del Bosque reconoció que ha leído todas
las crónicas y madurado la crítica de la prensa española por su planteamiento
para el estreno de la Eurocopa 2012, sin delantero ante Italia, y admitió que
no está ‘cabreado’ si no ‘reflexivo’." (Del Bosque escucha las
críticas, ‘El Mundo’, 12 de junho de 2012). Observe como ele começa reconhecendo que leu
todas as críticas e refletiu sobre elas. Voltando a esse lado do Atlântico,
você diria que a critica especializada, como porta voz da sabedoria popular,
foi fundamental para a conquista do torneio? Foi, digamos
em parte, responsável por um time menos mesquinho?
Leia o resto desta publicação em
http://blogs.estadao.com.br/500copa/contra-o-sectarismo-a-critica-equilibrada/
http://blogs.estadao.com.br/500copa/contra-o-sectarismo-a-critica-equilibrada/
Nenhum comentário:
Postar um comentário