Carles: Em quatro anos, de 2008 a 2012, a seleção espanhola ganhou mais do
que em todo o resto da sua história e, com os três grandes títulos, conseguiu
um feito inédito mesmo para as maiores seleções. No seu livro "De Riotinto
a La Roja", o jornalista e escritor Jimmy Burns Marañon, neto do emérito
médico madrileño Gregorio Marañon e filho de um espião britânico, procura as
respostas para as questões de identidade e da seleção como símbolo nacional.
Fala da exploração do combinado espanhol pelos regimes ditatoriais e de um
tempo em que uma gente de biotipo até raquítico queria demonstrar sua
equivalência com os gigantes do Centro e Norte Europeu. Justamente quando
assumiu a sua latinidade, coincidência ou não, abandonou o apelido de "La
Furia" e passou a responder por "La Roja", e foi quando começou
a ganhar.
Edu: É uma tentação em todos os sentidos analisar a evolução do futebol da
Espanha em função de seus processos políticos. Até porque é inevitável associar
a Fúria à ditadura, não apenas por causa de Franco, mas desde suas origens,
quando esse 'qualificativo' começou a ser utilizado nos tempos de outro
ditador, Primo de Rivera, na década de 20. Só precisamos descobrir se La Roja
surgiu de caso pensado, por meio de uma transformação planejada de estilo, ou
se não passou de um acaso histórico que vamos comemorar para sempre.
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