GIGANTE DA BAVIERA
Edu:
Em menos de um ano, Pep Guardiola entrou para a galeria do Bayern e do futebol
europeu como o técnico que conquistou um título com maior antecipação na
história das grandes ligas, com a vitória de hoje por 3 a 1 sobre o Herta
Berlim: sete rodadas antes do fim da Bundesliga, 19 vitórias consecutivas,
melhor ataque, melhor defesa. Salvo uma hecatombe, será campeão invicto. Até
que ponto o Bayern foi mais Guardiola que Jupp Heyckens? Até que ponto a
Bundesliga é suficientemente forte para valorizar esse título que desde a
primeira rodada todos sabiam de quem seria? Até que ponto este Bayern é um novo
Barça? Pergunto porque, sinceramente, foram as dúvidas que me vieram à cabeça
acompanhando a cada rodada esse campeonato tão previsível e monótono.
Carles: Pep Guardiola encontrou a tampa para o seu balaio. Ele é um obcecado
pela perfeição e no clube bávaro pode ter longas conversas táticas com
Schweinsteiger, Muller ou Lahm e corrigi-los, sem problemas, porque a busca
incansável pelo aperfeiçoamento faz parte na cultura alemã. Até Ribéry e Robben
entraram na dele. Assisti ao vídeo de uma entrevista com Pep na página do
Bayern, dizendo que o grande requisito no futebol é a inteligência. Entender o
jogo, e entender tanto atrás como na frente, independente da posição em que se
joga. Por isso ele encontrou um lugar para Götze como ala, para o antigo ala
Kross como volante, para o antigo meia Müller como centroavante, ‘enganche’ ou
seja lá o que for. É evidente que o Bayern de Pep é diferente do de Heyckens,
como está claro que Guardiola aproveitou bem a senda aberta pelo seu
antecessor. De uma forma simplista e até estereotipada, eu diria que o time do
catalão tem a força e o automatismo de antes, com a capacidade de improvisação
(se for requerida, claro) mais afim com a cultura latina. O que sim pode ser
certo é que esta Bundesliga 2013-14 não esteve à altura, nem exigiu mesmo muito
desse time aparentemente sem limites.
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