sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Brazucas para agitar o time do Marquês


AMISTOSO ESPANHA-ITÁLIA
Edu: Dois brazucas na lista do Marquês Del Bosque para pegar a Itália. Você acha que essa relação tem cara de definitiva, com exceção do Piqué, que está fora por contusão? Velhos membros da família, como Villa e Torres, estão mesmo fora da Copa?
Carles: Parece-me que se não é uma lista definitiva, é uma declaração de intenções. Alguns dos convocados passam pela última prova, seguramente não de jogo mas de convivência. Imagino que Del Bosque gostaria de sentir justamente a Thiago e Costa participando do grupo, mesmo porque seria uma injustiça que para estar na lista definitiva algum dos jogadores tivesse que arrebentar nesse amistoso. Chama especialmente a atenção que é primeira vez que aparecem só dois centroavantes autênticos.
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Um tigre asiático que aprendeu com a lição de casa


OS 32 DA COPA (6)
Edu: Coincidência ou não, foi quando a Coreia do Sul começou a promover uma revolução em seu modelo socioeducativo, turbinando ainda mais esse perfil de tigre asiático, que o futebol do país deslanchou. Eles chegam no Brasil para sua oitava Copa consecutiva e mostram que projeto levado a sério invariavelmente dá certo.
Carles: Nessa história de "conosco ou contra nós" patrocinada por George W. Bush, entre outros, e que pretende dividir o mundo em mocinhos de chapéu branco e bandidos de chapéu preto, os sul-coreanos receberam o sombreiro impoluto. Entretanto, não é exatamente o que pensam as seleções da Espanha e da Itália, desclassificadas na Copa 2002 em terras coreanas e japonesas de um forma um tanto estranha.
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Madrid, uma máquina trituradora de alemães

 
NOITES DE CHAMPIONS
Carles: Ontem cravávamos a coluna 2 nos últimos dois jogos da rodada de Champions e Ancelotti confirmou, enquanto Mourinho esteve a ponto. Na verdade, dentre todos os mandantes, só o Olympiakos conseguiu guardar os três pontos em casa.
Edu: Às custas do moribundo United. Foi de impressionar a máquina trituradora de Madrid em plena Veltins Arena, se descontarmos a fragilidade do adversário, embora o placar de 6 a 1 resuma tudo. Temos aí um sério candidato a pegar o Bayern numa final.
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Os gregos se servem de um United sem alma


NOITES DE CHAMPIONS
Carles: É certo que foi às custas de um Manchester United em horas baixas, mas eu tinha avisado que o Spanish Olympiakos podia dar mais de um sustinho.
Edu: Michel fez tudo direitinho para aproveitar a falta de alma desse time do David Moyes. Vovô Fergie deve estar alucinado com o que fizeram com aquele esquadrão que botava medo em todo mundo. O Manchester, além de tudo, e sem risco de errar, é o time mais chato de assistir entre todos os 16 classificados na Champions. E tem uma zaga de aposentados.
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domingo, 23 de fevereiro de 2014

As Águias Verdes, mais tradição que bom jogo


OS 32 DA COPA (5)
Edu: Foi-se o tempo daquelas figuras carimbadas do futebol nigeriano, que barbarizaram na década de 90. Quem não se lembra de Amokachi, Finidi George e Nwankwo Kanu, este, carrasco do Brasil na Olimpíada de Atlanta, um time que tinha Ronaldo Fenômeno e Rivaldo. Você mesmo recordou outro dia de Jay-Jay Okocha, que teve temporadas brilhantes no PSG. Eram jogadores de times de ponta na Europa e que marcaram uma época. Mas, parece, não foi suficiente para emendar com outras gerações talentosas. As Águias Verdes não são hoje nem sombra do que foram e se defrontam com uma corrupção crônica na gestão do futebol local, um pouco o retrato da situação social do país.
Carles: O futebol nigeriano já marcou uma época no cenário mundial como um dos países africanos que ameaçaram de verdade as grandes potências e isso, ninguém tira deles. De uns tempos para cá, como a grande maioria do futebol africano, parece muito prejudicado pela obsessão na produção dos tipos de jogadores impostos pelos centros europeus. Olha, sempre achei que existia uma forte conexão entre o Brasil e Nigéria (por razões históricas evidentes), inclusive com semelhanças sociopolíticas das que o Brasil parece empenhado em deixar no passado. Fico imaginando o resultado de uma alquimia futebolística através de uma reconexão com a África centro-ocidental que bem poderia começar durante a Copa. Certamente ganhariam os dois lados.
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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Um desastre coletivo que pode decidir a Liga


BARÇA EM SAN SEBASTIAN
Carles: Desastre do Barça em Anoeta. Erro estratégico do Tata ou efeito colateral do desgaste em Manchester?
Edu: Bobagem grosseira do argentino, que pode custar sua renovação de contrato, dependendo do impacto dessa derrota no decorrer da Liga. A obsessão por fazer rotações chegou ao extremo, contra um adversário fatalista, em um campo difícil e num momento crítico do campeonato. Sete mudanças de uma vez!
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Digam o que digam, mas respeitem a Azzurra


OS 32 DA COPA (4)
Carles: Depois do fracasso da África do Sul, Prandelli devolveu a esperança dos tiffosi na sua seleção, com um estilo de futebol renovado. Parece que Cesare tem crédito, a ponto de apostar todas as suas fichas no seu polêmico centroavante Balotelli, declarando numa entrevista ao site da Fifa que Mario tem potencial ilimitado e cacife suficiente para ser campeão. Você imagina a Azzurra igualando o número de títulos do Brasil mundiais em pleno Maracanã?
Edu: Não, não imagino. Vai dar trabalho, certamente, até por jogar praticamente em casa, por causa da colônia, da simpatia dos brasileiros e por estar num grupo com a Inglaterra, que gerou muitas antipatias por aqui. Mas não é, hoje, um time de chegada, como em outros tempos. E Balotelli tem mostrado que gera mais desgosto do que ajuda. Para cada partida boa, some em outras cinco. Na verdade, todo mundo sempre fica esperando uma grande partida de Super Mário.
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Kaká foi pouco para Diego Costa


NOITES DE CHAMPIONS
Edu: Algo acontece nas noites de Champions. Os quatro que jogaram em casa foram derrotados na primeira rodada das oitavas... Algum poltergeist nos gramados europeus?
Carles: Mas eu não falaria em injustiça. Ou você acha que City, Leverkusen, Milan ou Arsenal mereciam outro resultado?
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Respeito demais é do que o Barça gosta

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NOITES DE CHAMPIONS
Edu: Quando o inimigo respeita mais do que devia, aí é mais complicado ainda segurar o verdadeiro Barça. E poderia ter sido pior para o City.
Carles: Verdade, se bem que hoje ficou claro que o City não tem o mesmo poderio que o Barça, nem o mesmo fundo de armário, o pior foi não ter sido o City já desde o princípio e, inesperadamente, esperando o Barça atrás. O mais curioso é que Fàbregas já tinha previsto essa atitude do adversário numa entrevista à BBC, apesar de jogar contra o time mais goleador da Europa.
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Pressing, ou como fugir da mesmice

 
TÉCNICOS BRASILEIROS
Carles: Desconfio que o marasmo tático do futebol brasileiro está chegando ao seu fim. A enganação dos senhores que se dizem preparadores técnicos não pode nem deve durar muito mais. E falo baseado no jogo Palmeiras-Corinthians que assisti neste final de semana e em que os dois times mostraram noções nulas de posicionamento e sistema de pressão sobre o adversário. Ficou mais evidente quando não tinham a posse de bola e os jogadores ofereciam uma participação tática rudimentar e inútil.
Edu: Você sabe que existe uma deficiência crônica de criatividade/qualificação que assola a maioria dos treinadores brasileiros. É quase uma doença social que aliada ao medo de perder o emprego vira uma epidemia. Os técnicos deste país, mesmo com jogadores tão excepcionais, têm pavor da palavra pressing, da noção de pressing. Pressing é um conceito que exige ousadia, correr riscos e muito trabalho. Desses três quesitos, os técnicos brasileiros preenchem apenas um, justiça seja feita: trabalham bastante, só que trabalham errado. Pressionar é o mesmo que atacar sem a bola, qualquer garoto que aprende a jogar futebol no interior da Noruega ou no Cantão chinês sabe disso. E o pior é que, no caso dos técnicos brasileiros, nem os grandes exemplos de sucesso da história do pressing  são capazes de convencer a classe. Esse jogo de domingo entre dois dos maiores times do país ilustra com perfeição essa ideia.
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domingo, 16 de fevereiro de 2014

De Brejinho à Arena da Baixada


NO PAÍS DA COPA
Carles: Justo na semana em que um dos estádios brasileiros destinados a receber jogos da Copa (no que La Roja poderia decidir a sua sorte) sofre com a ameaça de ser excluído, leio uma das histórias que o ex-correspondente do “The Guardian” no Brasil, Alex Bellos, incluiu no seu livro “Futebol, Brasil y el deporte que le da vida”, lançado pela editora Ariel. El pueblo del estadio gigante” trata da cidadezinha pernambucana de Brejinho, de 3.000 habitantes, com problemas de abastecimento, que não tem um mercado municipal, mas que desde 1993 tem um estádio para 10.000 pagantes. Desde sua inauguração, só recebeu um jogo com cobrança de entradas. O estádio Doutor Antônio Alves de Lima, ou 'Tonhão',  é uma obra de arte de ser populista?
Edu: A história é atraente, singela e significativa, o britânico Alex Bellos viveu aqui, sentiu a paixão pelo futebol de perto e ficou seduzido por contar a saga do 'Tonhão', dentre as muitas passagens do seu livro. Mas, antes que a gente prossiga, é bom fazer algumas ressalvas. O estádio nunca chegou a ser concluído com essa capacidade, passou por uma reforma porque estava em péssimo estado no ano passado, mas não cabem ali mais de 3500 ou 4 mil pessoas. E a população chega hoje a oito mil. Não importa, porque não anula a proposta do livro, que foi concluído em 2002 e recebeu o prêmio de 'book of the year' de esportes na Inglaterra. Um pouco da proposta de Bellos ainda está bastante viva: o significado de um estádio de futebol para a cultura local, como forma de arregimentar e mobilizar as pessoas. Só não é o caso dos grandes estádios construídos para a Copa, muito mais uma exigência do mundo dos espetáculos esportivos que outra coisa. E o episódio de Curitiba também é significativo, porque desde o princípio, há cinco ou seis anos, o Atlético Paranaense teve dúvidas se queria ou não queria receber a Copa e essa hesitação refletiu agora. Mas parece que, no último momento, os governos estão se acertando para que a Arena da Baixada receba a Roja, apesar de a Fifa ter um plano B.
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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Alemanha: consistência e craques contra um estigma


OS 32 DA COPA (3)
Carles: Teve um tempo em que se definia o futebol como um esporte em que jogavam 11 contra 11 e que ganhavam os alemães. Não mais, né? Principalmente se encontrarem a seleção brasileira ou a espanhola pelo caminho.
Edu: Esses alemães de hoje podem ter pouco menos confiabilidade, mas são muito mais imprevisíveis e um time agradável de se ver. Quem ousaria dizer que não estão entre as quatro melhores seleções do mundo? Ninguém, provavelmente.
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O fantasma das lesões em clima de Champions


NEYMAR DE VOLTA
Edu: Como Neymar será recebido de volta?
Carles: Bem, muito bem, como ele merece pelos serviços prestados em campo. Aliás, acho que a torcida do Barça anda ansiosa pela presença de um jogador de ponta e que visivelmente não anda poupando forças. Talvez uma das únicas exceções, junto com Alexis e Pedro, este dos três o único que não está cem por cento garantido no Mundial. Cada vez estou mais convencido de que Messi não é o único com o freio de mão puxado.
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Viagem virtual ao Eldorado alemão

 
PODEROSO BAYERN
Carles: O jornal alemão Sport Bild filtrou os salários do poderoso Bayern de Munique e entre outras coisas, deu para perceber que Boateng ganha quase o dobro que Dante. Injusto?
Edu: Demais, porque Dante vive apagando os incêndios que Boateng provoca. Não que seja um zagueiro infalível, ao contrário, mas Dante tem muitos atributos que Pep Guardiola preza muito. Você sabe bem quais são.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Dos Balcãs, riqueza de estilo e muita história para contar

 
OS 32 DA COPA
Carles: Na Copa teremos um estreante que vem dos Balcãs, um tema que sempre me interessa pelas lições que história dos povos dessa região pode nos dar a todos. O futebol pode ser inclusive um grande mirador, ao alcance de quase todo mundo, de que nem sempre da quantidade se tira a qualidade.
Edu: E que estreia, no Maraca e contra Messi! A Bósnia foi uma das nações da antiga Iugoslávia mais penalizadas com a guerra. Até hoje há os núcleos atuantes de sérvios e croatas dentro do próprio país, enquanto os bósnios buscam afirmar sua identidade para o mundo. O futebol tem sido um bálsamo e a classificação para a Copa foi muito festejada em Sarajevo, apesar de os meios de comunicação ainda dominados em parte por sérvios e croatas terem praticamente ignorado a conquista de Dzeko e sua rapaziada.
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Uma conspiração cósmica em favor do falso 9

 
FAMÍLIA SCOLARI
Carles: A lealdade ao clã dos Scolari é mais relativa do que se pensava ou o problema são as circunstâncias, obra do acaso? Alguns nomes novos…
Edu: Alguns sinais são de surpreender. Por exemplo, abriram mão por enquanto de Hernanes, um dos peixinhos da família. A subida vertiginosa de Fernandinho pode ser o principal motivo, mas até agora Hernanes vinha sendo um assíduo, mesmo quando Lucas Leiva foi chamado (agora não está na lista por lesão). Rafinha em vez de Maicon também é uma surpresa, nesse caso talvez um teste com o lateral do Bayern. É sempre bom lembrar a preferência de Parreira por jogadores que atuam na Alemanha e na Inglaterra. E Willian parece ter conseguido a vaga definitivamente, por ‘culpa’ de Mourinho, que lhe deu confiança.
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Renatão, pelo jornalismo e pela Ponte Preta

 
HOMENAGEM
Edu: Fazemos raras homenagens por aqui, por não ser o espaço mais adequado, mas existem algumas figuras que não podemos deixar passar batido. Uma delas, certamente, é Renato Pompeu, uma espécie de farol de sabedoria para ao menos duas gerações de jornalistas e um dos símbolos da época de ouro do Jornal da Tarde. Pois Renatão nos deixou ontem, aos 72 anos. Sobre ele não podemos sequer dizer que foi um ícone, porque os ícones inspiram imitação, de certa forma. Mas Renatão era único, original e inimitável. (…)
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domingo, 9 de fevereiro de 2014

A redescoberta do ataque, com sotaque latino


PREMIER LEAGUE
Edu: Pode ser pela invasão espanhola ou pela mudança nas hierarquias do futebol, ou por acaso, quem sabe. Mas os primeiros quatro colocados da Premier League jogam futebol ofensivo dos mais autênticos, inclusive o Chelsea, do técnico que fez fama porque ganhou títulos com retrancas. Não dá para desprezar o fato de que esses quatro clubes - Arsenal, City, Liverpool e o agora líder Chelsea - tenham feito 228 gols em 25 rodadas.
Carles: Comecemos por descartar o acaso como causa do que for na Premier. Talvez por recalque, pura dor de cotovelo ao ver como a ‘Liga de las Estrellas’ vai ficando para trás, mas não consigo ver inovação tática nos jogos da Premier aos que tenho assistido. Os times seguem roteiros bastante previsíveis, atacam com rapidez e disciplina e defendem cada vez com menos empenho. Isso sim mudou, e para pior. Também é verdade que ao reino tem chegado qualidade técnica individual de todas as latitudes, e não só espanhóis ou brasileiros. Vimos, por exemplo, uma grande exibição do moleque de origem jamaicana Raheem Sterling, na goleada do Liverpool sobre o Arsenal na rodada deste fim de semana.
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http://blogs.estadao.com.br/500copa/a-redescoberta-do-ataque-com-sotaque-latino/

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Cem milhões, sem contar a simpatia

GARETH BALE

Edu: Tipo bem estranho esse Bale. Parece que não tem muita ambição, joga quando quer, vive inventando pequenos probleminhas... Quando joga até resolve, como hoje, mas é bem esquisitão. Só pode ser o peso dos cem milhões.

Carles: Teimosia do seu amigo Florentino, especialista em nadar contra a corrente. Como você disse, ele até resolve, da mesma forma que Di María ou Jesé. Num momento em que os espanhóis estão fazendo as malas, a caminho do Reino Unido, o 'presi' insistiu em trazer o galês, pouco treinado na arte das relações sociais. E tudo pela módica quantia de 100 quilos! Complicada convivência.

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