quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Robinho se ajeita com 20 minutos


SELEÇÃO CONVOCADA
Carles: Felipão já se conformou ou é só um silêncio estratégico? Para o lugar de Costa, um jovem valor…
Edu: Robinho conseguiu uma boquinha com menos de meio tempo de bom futebol contra o Barça. Mas teve o Willian, esse sim um teste válido.
Carles: Merecido, você insistiu várias vezes na chamada do ex-corintiano. Pois é, Robinho teve 20 minutos muito ativos em San Siro contra o Barça, mas não só ele, Kaká também foi muito bem. E ontem meteu um golaço. Será o próximo?
Edu: Acho difícil que ele volte na reta final, a menos que tenha uma sequência alucinante. Robinho, estou quase certo, é coisa do Parreira, que valoriza muito a experiência de Copa de certos jogadores. Ele vive se gabando de ter levado na empolgante Seleção de 1994 caras que tinham fracassado quatro anos antes, entre eles Dunga e Branco. Mas continua sendo Fred o titular, Jô o reserva e nas outras vagas mais ofensivas talvez tenha uma disputa entre Lucas Moura e Willian, não mais do que isso. Robinho dificilmente segue.
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Todo-terreno, mas com classe


CESC E PAULINHO
Carles: Estive comparando o jogador mais elogiado e o mais criticado por você, durante estes meses de 500 aC, e cheguei à conclusão de que eles são bastante parecidos. É mais do que provável que ambos estejam no Brasil o ano que vem para jogar a Copa por suas respectivas seleções. Refiro-me ao ex-corintiano, hoje no Tottenham, Paulinho, e ao ‘culé’, ex-Arsenal, Fàbregas. Originalmente, eles cobrem a mesma (ampla) zona do gramado, tem funções defensivas e muita chegada. Todo mundo pensa que eles são volantes e outros se enganam ao considerá-los meias. Costumam aparecer por todos os lados do campo, marcam gols de perna direita, de esquerda, de cabeça e os dois lançam - pior que Xavi e melhor que Khedira. É certo que Paulinho samba melhor e tem o inconfundível jogo de cintura dos trópicos, mas, fora isso, não vejo tanta diferença para você idolatrar um e demonizar o outro.
Edu: Espero que a palavra 'demonizar' não seja levada ao pé da letra, porque só acho, sempre achei, que Cesc apenas não é tudo isso que dizem, apesar de ser bom jogador. Principalmente, não vejo Cesc essencial para o Barça, exceto em determinadas ocasiões. Ou seja, no Camp Nou é uma boa opção de banco. Há mesmo algumas semelhanças com Paulinho, mas também fundas diferenças, a começar pelo marketing. Paulinho fez sua carreira no Terceiro Mundo, levou um time de massa aos títulos continental e mundial e só agora foi para um clube médio da Europa. Cesc foi paparicado desde muito cedo no glamouroso Arsenal (onde não ganhou quase nada) e é jogador do grande Barça e da ‘Roja’. Ou seja, uma covardia. Ainda assim, há alguns pontos em comum no aspecto técnico. Mas o principal que vejo em Paulinho é o fato de fazer o time jogar, como um propulsor, com muito mais energia e precisão do que Fàbregas, que parece bastante irregular, é capaz de fazer grandes jogos e de falhar quando mais se espera dele. Paulinho - a quem tenho acompanhado bem de perto nos últimos dois anos - não falha. Mesmo quando não joga tão bem, acrescenta sempre algo em intensidade.
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

¿PORQUÉ NO TE CALLAS?

INCONTINÊNCIA VERBAL

Carles: Até entendo que as duas seleções queiram contar com Diego Costa, se bem que eu me permito desconfiar do real interesse da CBF nele. Entendo que as duas federações utilizem e esgotem os recursos para pelo menos evitar que o adversário se reforce. Também entendo que Felipão utilize os microfones para fazer sua particular pressão ou até seu showzinho. Só não entendo a aparente indignação por ter sido preterido. Como se Diego Costa estivesse tomando uma atitude absurda ou traindo a pátria.

Edu: Como sempre nesse tipo de atitude, o que parece ser está longe de ser o que é de verdade. O estopim para Felipão começar essa ridícula cruzada para reconverter Diego Costa foi o interesse da Espanha, isso está claríssimo, apesar de ele ter sido convocado há alguns meses. Acontece que o técnico da Seleção Brasileira vive de dar justificativas e, pelo sim pelo não, ele voltou falar pubicamente sobre Diego Costa quando a corda já estava no pescoço. Perdeu o trem da história, porque poderia discretamente ter conversado com o atacante antes e não fez isso. Preferiu, depois do estrago feito, usar suas frases grosseiras para ameaçar o jogador publicamente, jogar a torcida contra ele e menosprezar inclusive a postura de Del Bosque, que sempre foi muito comedido ao falar do atacante brasileiro. Era uma encenação, sim. E até a declaração final estava pronta, com essa manifestação patriótica de repúdio à decisão do rapaz.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ideias para acabar com a preguiça


NOVOS TÉCNICOS
Edu: Um dia, não tenho ideia de quando, ainda abriremos um post falando dos novos e promissores técnicos daqui. Mas, enquanto eles não aparecem, resta falar dos que estão em moda por aí. É uma geração bem arejada, que sabe trabalhar com a mídia e com as pressões dos grandes adversários, mas que, principalmente, tem uma visão bem lúcida e ideias cristalinas sobre as propostas táticas aplicadas a suas dinâmicas de grupo. Para um deles você sempre tem chamado a atenção por aqui, ‘Cholo’ Simeone, e o outro é Rudi Garcia, o francês que fez a Roma voltar a ser grande.
Carles: Esse Garcia do Rudi é por parte de pai, também ex-jogador e de origem espanhola. Eles talvez sejam os treinadores de moda não só pelos grandes resultados dos seus times nas ligas espanhola e italiana, respectivamente, mas porque estão tirando máximo proveito de grupos de jogadores nem tão caros. Aliás, ambos começaram a temporada, perdendo peças importantes, Falcão, Marquinhos…
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domingo, 27 de outubro de 2013

Depois da mamata, sonhos e riscos

 
PALMEIRAS DE VOLTA
Carles: Eu vejo a volta de um clube grande à máxima categoria, como quem assiste a um filme projetado ao contrário, com todo mundo caminhando de costas, como tentando pisar nas próprias pegadas para desfazer o vexame. Alguns inclusive tropeçam, e a sensação deve ser de tirar um grande peso das costas, uma obrigação com algumas toneladas. Será que, além de tudo, significa sempre uma reconciliação com a torcida?
Edu: No caso do Palmeiras, parece que não, porque há muita desconfiança quanto ao futuro do time. Nem tanto pelas vaias que os jogadores receberam ontem, depois do empate contra o São Caetano que garantiu o acesso à Série A, principalmente porque as vaias partiram da torcida organizada que não recebe mais ingressos da diretoria e, por isso, destila, na vitória e na derrota, sua intolerância por perder esse privilégio sem sentido. O problema é que as projeções dos próprios dirigentes não são animadoras e, convenhamos, ganhar a Série B com mais um mês de antecedência não significa exatamente uma proeza no aspecto técnico. Tem sido assim com todos os grandes que descem ao inferno.
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sábado, 26 de outubro de 2013

‘Prazer, eu sou o Neymar’


CLÁSSICO DAS ESTRELAS
Edu: Se havia alguma dúvida, agora estamos conversados. No grande clássico, máxima expectativa e maior teste de competência, o garoto se apresentou: 'Prazer, eu sou o Neymar'.
Carles: Estava mais do que apresentado, mas nada como um Barça-Madrid para a consagração. Saiu ovacionado, fez um gol, deu a assistência do outro e obrigou a que Ancelotti tivesse que substituir o "limpador de para-brisas" Ramos, se bem que isso acabou melhorando a fluência de jogo do Real Madrid.
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ney, Messi, Cristiano, Iniesta. Precisa mais?

150 ANOS DE FUTEBOL

Edu: No dia em que se completam 150 anos desde que um sacudido grupelho de ingleses resolveu criar o regulamento desse jogo imprevisível, ao menos quatro dos cinco melhores jogadores do mundo estarão em campo. Se forçarmos um pouco e incluirmos Xavi, serão os cinco melhores. Tem homenagem melhor que esta?

Carles: Coincidência, pelo que eu conheço dos dirigentes do futebol espanhol, não passa de uma casualidade. Espera…  Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e espero que o quarto elemento nas suas contas, seja Iniesta e não Bale. É isso?

Edu: Sim, sim e sim. Iniesta, claro.

Carles: Vinham um argentino, um português, um brasileiro e um espanhol… se não fosse uma celebração, pensaria que é uma piada.

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Intriga, retaliação e passa-moleque

CASO DIEGO COSTA

Carles: Parece que Felipão andou fanfarronando, sem saber que iria ser ouvido por muita gente, em ambos continentes. Motivo de chacota por cair no trote de uma emissora de rádio espanhola por algo que pode acontecer com qualquer um, principalmente com alguém ávido de manchetes. O maior problema é que, nessa história toda, ele pode estar sendo usado por Jorge Mendes, agente dele próprio e de Diego Costa, que nunca esteve tão valorizado no mercado.

Edu: Nisso de bancar o adolescente birrento Felipão é especialista, ainda mais depois de ter levado um passa-moleque. Foram cutucar o gaúcho... A partir de agora, convocar Diego Costa já não tem nenhum motivo técnico, é pura retaliação aos espanhóis, mais até do que pela valorização do passe do sergipano, que já faz parte dos sonhos de Mourinho no Chelsea. O tal Mendes realmente é profissa e deve estar esfregando as mãos.

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tensões pré-clássico

NEYMAR E O PRIMEIRO CLÁSSICO

Carles: Parece que o Real Madrid, hoje, também jogou pensando no sábado.

Edu: Será que eles podem fazer muito mais do que isso? Com três volantes, meu amigo, sobra tudo para o Di Maria e para eventuais descidas do Marcelo. E, claro, Cristiano dando cabeçadas lá na frente. Não sei se são capazes de fazer mais sem o Xabi Alonso.

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