sábado, 31 de agosto de 2013

Gramados decentes, por favor!

 
Edu: Temos aqui um histórico menosprezo com a qualidade dos gramados, o que é um contrassenso se pensarmos nos estilos clássicos de jogo dos brasileiros, fundados na leveza, no toque e no passe. Pouca gente tem costume de ressaltar com todas as letras, e insistir nessa questão, que um bom gramado pode ser a diferença entre a vitória e a derrota, ou melhor ainda, a diferença entre o bom jogo e a pelada. Temos péssimos gramados, essa é a verdade, incluindo os de alguns novos estádios da Copa. É um das coisas que a Europa ainda tem a ensinar.
Carles: Provavelmente está relacionado com a tradicional falta de respeito às melhores condições de trabalho para qualquer profissional e já não falo de salário, mas de salubridade, iluminação, ergonomia. Quando e se isso começar, imagino que os primeiros agraciados serão os trabalhadores de "elite", as grandes estrelas do futebol, por exemplo. Por ver o lado bom, tem o desenvolvimento de uma capacidade de superação, que fica demonstrada quando os jogadores chegam por aqui e, via de regra, encontram tapetes verdes onde podem demonstrar todo o seu talento. Geralmente, os clubes europeus trocam a grama uma vez por ano e por exigência dos treinadores, principalmente de clubes com a tradição de jogar com a bola no chão. Existem empresas especializadas, a profissão de jardineiro é algo levado muito a sério por aqui. Inclusive, pelo que eu sei, o gramado do novo Maracanã está sob a responsabilidade de um pessoal de Garrotxa na região de Girona, Catalunha.
Leia o resto desta publicação em

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

E Kaká deu um basta


Edu: Bem estranha essa história do Kaká. De repente o bom moço resolve reagir e dar um basta.
Carles: Mais estranho é ficar tanto tempo acomodado, demonstrando ambição profissional zero. Imagino que o salário é importante, mas um cara jovem como ele tem (ou tinha) ainda muita vida no futebol pela frente.
Edu: Tenho minhas dúvidas de que foi simplesmente uma atitude ambiciosa. A três dias do fechamento da janela de transferências, depois três anos na sombra, numa situação bem pouco digna, enfim resolve se manifestar? Tem todo jeito de ser um jogo de cena acertado com o Real Madrid, que já deve ter um destino para ele. Do contrário, duvido que Kaká não suportasse mais uma ano ganhando 9 milhões de euros para jogar alguns minutos de vez em quando.
Carles: Será que ele perdeu toda a motivação pelo jogo? (…)
Leia o resto desta publicação em

Primeiro título de Neymar e Tata, com Messi ausente

 
Carles: Satisfeito? Neymar titular e campeão da Supercopa. Só espero que agora as queixas não venham de Fuentealbilla.
Edu: Iniesta no banco. Continuo sem entender Tata Martino, aliás, ainda não consegui ver a mão dele no time. Ninguém jogou bem no Barça e o Atlético fez o serviço direitinho.
Carles: Como ninguém jogou bem no Barça? Víctor Valdés, um gigante!!!! Iker ameaçado também no seu posto na Roja. Muito bem armado o time do Cholo, sim, compacto, fechado e muito combativo, saindo rápido quando ganhava a bola, e não foram poucas vezes. Segue sendo um sério candidato ao título de Liga.
Edu: Verdade, Valdés foi o cara do jogo. E Neymar não foi essa decepção toda, não, acho até que no primeiro tempo foi o único que tentou algo diferente. Só que jogou muito longe de Messi, que mais uma vez esteve ausente e não só pelo pênalti perdido.
Leia o resto desta publicação em

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Os intolerantes e covardes de sempre


Carles: Sintomática a nota oficial do Corinthians sobre a briga entre torcidas no jogo contra o Vasco, em Brasília. Percebe-se inclusive uma certa pressa na redação para desmarcar-se o mais rápido possível dos violentos.
Edu: O Corinthians, que foi por muito tempo refém dos grupos organizados, virou gato escaldado depois do episódio de Oruro. Essa preocupação agora nem é só moral, é uma questão de marketing, talvez o único lado positivo de toda a perversa relação dos clubes com algumas facções. Todo mundo, de alguma forma, está buscando um jeito de se livrar desse peso, mas há ainda muito chão pela frente. O pessoal tem poder de pressão e os dirigentes, na maioria, são bastante covardes.
Leia o resto desta publicação em

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O ‘caño’ de Neymar e a teimosia de Tata


Edu: Os catalães já estão percebendo que, muito além daquela história de cai-cai, Neymar é de fato um tipo de jogador que desperta a ira dos adversários que não são tolerantes à humilhação de um drible.
Carles: Imagino que você se refere ao ‘chega pra lá’ do Jesús Gamez, do Málaga, depois de tomar uma bola no meio das pernas do garoto.
Edu: Se todo jogador que tomasse um 'caño' de Neymar reagisse como ele, todas as partidas teriam problemas, confrontos e expulsões.
Carles: Primeiro: quem é Jesús Gamez? Segundo: que outro recurso ele tem diante do talento de Neymar? Espero que Neymar perceba que isso é parte de um plano de intimidação dos medíocres, aproveitando que ele ainda está meio zonzo com a recente chegada à Liga. Já aviso, ele não vai ter a mesma proteção de outros jogadores locais.
Leia o resto desta publicação em

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Tata e Carletto entram no clima


Edu: Nem bem terminou a segunda rodada e aquela placidez entre os novos técnicos de Barça e Madrid já fez água. Ancelotti resolveu responder depois de Tata ter dito que o preço de Gareth Bale era uma falta de respeito ao mundo?
Carles: Um cara que posa de fino, de elegante não tinha outro recurso que apelar para a xenofobia continental, dizendo que o Tata não entende o que acontece na Europa? Que feio!!!! Já ouço aquela voz anasalada de Florentino pedindo para Carletto: "Oye Carlo, no pensarás quedarte callado, ¿verdad? Ese pelotudo ha insultado tu club y merece una respuesta ¿no crees?".
Leia o resto desta publicação em

domingo, 25 de agosto de 2013

Assim caminha a Copa


Edu: Os ingressos mais caros, a curiosidade do torcedor com as instalações modernas e o entusiasmo que brotou depois da Copa das Confederações estão fazendo os novos estádios darem lucro aos clubes nesta primeira etapa.
Carles: Mas isso porque o país vive um momento de liquidez, imagino.
Edu: Não sei se tem relação, acho que ainda não. É entusiasmo mesmo, o que já era previsto. Também não quer dizer que seguirá assim. Claro que tem algo de artificial nisso. Por exemplo, Brasília está recebendo jogos de alguns times cariocas do Campeonato Brasileiro contra outros grandes. Só neste fim de semana, os brasilienses viram Flamengo e Grêmio, Vasco e Corinthians. (…)
Leia o resto desta publicação em

sábado, 24 de agosto de 2013

Messi, entre algodões


Edu: Os ‘hermanos’ têm uma preocupação imensa com Leo Messi neste momento. Algo acontece por aí que não sabemos?
Carles: Imagino que, mais do que nunca, os argentinos tem informação de primeira mão sobre o que acontece no Barça. Se eles estão preocupados não deve ser à toa.
Edu: Eles estão batendo na estatística mais chamativa, de que Messi fez só um jogo completo nos últimos 25. Desde aquela lesão muscular contra o PSG, na Champions. Os episódios de sobrecarga muscular se acentuaram depois de praticamente três anos sem nada acontecer e, claro, o medo deles é não ter Messi nas condições ideias para a Copa.
Carles: Pois é, um paradoxo que os grandes clubes tenham esses plantéis tão povoados, muitas vezes com mais de dois jogadores internacionais por posição e que sempre os mesmos acabem com sobrecarga de trabalho, com excesso de minutos. Os treinadores do Barça sempre alardearam de que Messi sempre quer jogar o tempo todo. Acho que é obrigação justamente do corpo técnico saber dosar o desgaste das estrelas, mesmo que eles (ou seus patrocinadores) não queiram perder um só minuto para poder ampliar suas marcas pessoais.
Leia o resto desta publicação em

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Corinthians: remasterizar não basta


Carles: Acidentes acontecem, mas Luverdense???!!! O que se passa com o Corinthians?
Edu: A impressão que dá é que a vitória contra o Chelsea ainda não acabou.
Leia o resto desta publicação em

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Tottenham, sem Bale e com chispa


Carles: Você acha que tem alguém que ainda não saiba onde Bale vai jogar a partir de 1º de setembro?
Edu: Nem o próprio Tottenham, que já anda gastando por conta...
Carles: Pendura até o Florentino pagar, imagino. Ou então já recebeu por conta, feito Neymar Senior, e não estamos sabendo.
Edu: Bem provável. Mas pelo que vi dos Spurs no jogo de estreia na Premier há muito a ser feito para dar imaginação ao meio de campo, ainda mais perdendo a força do Bale mais à frente. O time é bem limitado e, como te disse há algumas semanas, temo pelo Paulinho.
Leia o resto desta publicação em

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Iker e o alto custo do silêncio

 
Edu: Iker no Barça?
Carles: Seria a grande vingança, mas eu não acredito.
Edu: Nem eu. É impressionante como o futebol espanhol é suscetível a esses códigos de convivência frágeis e nada profissionais. Casillas virou uma ferida que compromete todo o resto. Até outro dia, Ancelotti era o pacificador, o hábil diplomata, um pastor de vestiário. Hoje, é questionado por Deus e o mundo. Tocou em Casillas e pronto, tudo desabou.
Leia o resto desta publicação em

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Europa na era dos pós-zagueiros

Edu: Que grande zagueiro surgiu na Europa nos últimos cinco ou dez anos? Responda rápido...
Carles: Lúcio, Juan, Thiago Silva…
Edu: Varanne.
Carles: Uma promessa.
Edu: Quem mais? Chiellini? Kompany?
Carles: Piqué, Hummels, Vidic, Ramos…
Edu: Hummm. Ainda prefiro Varanne, mesmo sendo uma promessa. (…)
Leia o resto desta publicação em

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Barça passeia, Madrid sofre, Diego Costa executa

Carles: Como todos prevíamos, ‘La Liga’ já apresentou suas estrelas: Seferovic, Mascherano, Isco, Diego Costa…
Edu: Muita complacência sua com Mascherano. Só por ser amigo do Tata? Porque a verdade é que jogou contra ninguém…
Carles: Para quem chegou à primeira rodada como o grande vilão, como a única peça quebrada do brinquedo desejado, Javier mostrou mais uma vez quem é o jefecito, nem que seja pelo seu passado alvinegro. Lógico que jogar contra ninguém facilita as coisas, só que o maior mérito dele nos 7 a 0 contra o Levante foi tático mais que técnico.
Edu: O que ficou claro é que ganhou confiança e que pode ser a voz de Tata Martino dentro de campo, já que Messi sempre estará entretido com as coisas mais decisivas. Mesmo assim, foi o tipo de jogo que só vale pela estatística. Nem o Santos provavelmente faria pior jogando um pouco sério contra o Barça. E, para Neymar, o campeonato começa na segunda rodada.
Leia o resto desta publicação em 

sábado, 17 de agosto de 2013

A Liga de Charles, Baptistão... e Neymar


Edu: Defina aí a sua Liga.
Carles: Qual? A liga das estrelas caídas, cada vez menos errantes?
Edu: Ou então a Premier League, onde estão tantos espanhóis.
Carles: Mas aqui também tem muito espanhol, começa a versão da Liga com menos estrangeiros dos últimos tempos, só 22 brasileiros! Se bem é certo que já fazia alguns anos que não tínhamos nenhum brasileiro concentrando tantas atenções quanto Neymar.
Leia o resto desta publicação em

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Contra a mesmice, transgressão

 
Edu: O ambiente do futebol não tem sido muito generoso com palavras e ideias - e faz tempo. Por exemplo, essa história de os treinadores darem sempre as mesmas explicações para as derrotas, o árbitro, a bola parada, a falha individual, retratadas de forma mecanizada pela mídia e também pelos jogadores, nos empurra para uma rotina de falta de criatividade e de reflexão que dá pena. As mesmices são retroalimentadas e é raro, raríssimo, que apareça um jogador ou um técnico que tenha algo interessante a dizer, fora do script. Será que vamos chegar ao vilão de sempre? Também essa pobreza de espírito é culpa do futebol de mercado?
Carles: Nós podemos tentar ser um pouco originais, ao menos, não porque o vilão seja muito diferente do que você aponta, mas porque entrar na roda viva de apontar os mesmos erros sem propor soluções também não ajuda muito. Sempre tem alguma resposta alternativa, mas acho que o cara que se propõe a fugir à mesmice tem inteligência suficiente para saber que a transgressão e uma atividade de estrelato não são compatíveis. Ibrahimovic taxou Guardiola de filósofo, mas acho que não era em menção à sua capacidade pensadora. Poderíamos falar do Xavi, um jogador que, sem se meter em grandes problemas e dando declarações simples, consegue um pouco sair do roteiro estabelecido. Tem também o modelo Räikkönen, que rompe sempre com o estabelecido, a ponto afugentar os jornalistas menos corajosos. Isso me leva à seguinte questão, se realmente existe interesse em ouvir ou reproduzir verdades contundentes. Eu mesmo já presenciei alguma tentativa de o entrevistado fugir do nível baixo e padronizado e o entrevistador preferir retomar uma linha mais cômoda e sonolenta.
Leia o resto desta publicação em

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Protocolo cumprido, tempo perdido

 
Edu: A Espanha ao menos cumpriu o protocolo. Pior é terminar com três volantes na Suíça e ainda perder o jogo.
Carles: Eu só não entendo essa mania do Scolari de trocar o volante e, sempre, um par de minutos depois, colocar o Hernanes e tirar o Oscar, ganhando, perdendo ou empatando. Queria saber a intenção. Espécie de simpatia?
Edu: Alguma intenção deve ter, nós é que não alcançamos. (…)
Leia o resto desta publicação em