‘Y NO PASA NADA’
Edu:
Vemos tantas aberrações por aqui em matéria de gestão dos clubes, mas quase
todas têm relação com falta de dinheiro, raramente com excesso. Mesmo quando os corruptos se
apresentam, normalmente, salvo exceções, é para dividir migalhas. Aí damos uma
olhada no que acontece em Madrid e de certa forma nos serve de consolo. Como
pode uma organização desse tamanho administrar tantos exageros financeiros
diante de uma das maiores coletividades esportivas do mundo? Em que dimensão
vive o senhor Florentino?
Carles: A vocação populista do Madrid sempre favoreceu a eleição de
presidentes nesse estilo, especialistas em contratações de grande repercussão por
cima do critério técnico. Desde que Floren assumiu, a coisa alcançou uma
dimensão inesperada, sua fama de grande homem de negócios gerou um grande prestígio
entre os associados e poder dentro do clube. Ele decide as contratações
calculando quanto o novo jogador vai poder arrecadar para o clube através da
participação nas campanhas de publicidade e vendas de imagem. Só que, dizem,
não consulta ninguém, vive procurando gente para assessorá-lo que interfira
pouco nas suas decisões. O último foi Zidane, um tipo bastante inútil fora dos
gramados, que Pérez tentou colocar como gerente, treinador e finalmente como
ajudante de Ancelotti. Desse jeito, o presidente sempre cumpre suas metas de
arrecadação, mas quase nunca facilita o trabalho dos responsáveis pelo bom desempenho
do time.
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