domingo, 6 de outubro de 2013

Sobre relações humanas e falsos nacionalismos

 
Edu: Uma das coisas que está em discussão em torno da 'espanholização' do Diego Costa é o fato de que pode causar, a médio prazo, o mesmo efeito que a livre circulação de jogadores na Europa provocou nos clubes: a multinacionalização desenfreada. A par do discurso nacionalista, normalmente exagerado, muita gente defende que, se a moda pega, será o fim das seleções nacionais, que podem vir a se formar com muitos estrangeiros e perder a identidade. Algo como acontece com vários clubes hoje, o principal deles o PSG, mas que também já ocorreu com Inter de Milão e Chelsea, para citar só os principais.
Carles: Só seria a consagração do que todos já desconfiamos, de que quase sempre leva a melhor, a maior oferta econômica. É engraçado que os mesmos vigilantes dessa possível dissolução das seleções nacionais, criticam também, por exemplo, que o Athletic de Bilbao renuncie a um projeto esportivo mais ambicioso e competitivo, por querer manter uma equipe ligada às próprias raízes culturais. O que em alguns casos é considerado amor às origens, em outro é racismo ou segregação. Naturalmente que Diego Costa se sente ligado afetivamente ao Brasil, mas também tem vínculos com a Espanha. O que ele quer é poder jogar no maior evento futebolístico do planeta, mas se o fizer pela Espanha não estará rompendo vínculos com as suas raízes, porque algumas delas certamente cresceram aqui. Não acho que vá mudar o que não mudou com os caso de Kapa, Di Stéfano, Puskas, ou recentemente, do "croata" Eduardo da Silva.
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