PREVISÕES PARA A COPA
Edu:
Na semana que antecede o início da Copa as previsões se multiplicam por aqui,
de acordo com a origem do feiticeiro. Alguém descobriu uma fórmula matemática,
de experts austríacos, que cruza
planilhas e conclui que o Brasil será campeão. Outros levantaram uma história
de coincidências, fundadas em numerologia, que comprovam ser 2014 o ano do
Uruguai. Sempre haverá uma pitonisa para se candidatar ao lugar do falecido
polvo Paul, que a Espanha adotou como mascote em 2010, depois da vitória na
África, prevista com rara habilidade pelo molusco adivinho. Assim como o choro,
a palpitaria é livre.
Carles: Tem também a molecada (e alguns menos moleques) que se reúne em torno
ao videogame, à guisa de bola de cristal, para simular o torneio. Ou as
insuportáveis previsões baseados nas estatísticas, por gente que nunca pisou um
gramado mas vive no carpete das grandes corporações financeiras, como o croata
Vitomir Miles Raguz, ex diplomata e autor do livro "Quem salvou a
Bósnia", de 2005 sobre a Operação Oluja
(tormenta). Miguez Raguz defende no seu artigo na edição de 2 de Junho de “The Wall Street Journal", "Why
Europe Will Triumph in Brazil" - publicado em espanhol pelo Diário
Expansión. Segundo ele, as chances de alguma seleção europeia ganhar a Copa
são maiores, graças "às inovações do continente no futebol que deixam em
desvantagem os países sul-americanos". Tudo baseado nos estudos
científicos e no investimento dos grandes clubes europeus no desenvolvimento e
aplicação desses estudos e, sobretudo, defende ele, graças ao surgimento do
mercado comum europeu. Se essa última razão não fosse suficiente para que eu
desqualificasse o bom Vitomir, têm também argumentos que dão conta da
imponderabilidade do jogo como, por exemplo, os gols de M´bia do Sevilla e de
Ramos aos 93 minutos e que acabaram valendo taças europeias recentemente e que
não me deixam desmenti-lo sozinho.
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