Edu:
Há poucos dias, um amigo jornalista que mora há quase 20 anos na Flórida
insistiu em me perguntar, em uma conversa por e-mail, quando o futebol
brasileiro vai utilizar as estatísticas como instrumento de eficácia técnica em
todo seu potencial, como fazem os esportes americanos. Respondi que muitas
comissões técnicas já se valem desse recurso, mas que, em geral, ainda
prevalece um certo dogma de que o conhecimento adquirido, ou seja, a vivência,
a intuição e o bom senso continuam sendo as principais armas dos treinadores.
Só tenho muitas dúvidas sobre se essa é uma questão apenas restrita ao corpo
técnico, ou se deveria ser incorporada nos mecanismos de gestão do clube, que
passaria a exigir de seu treinador a adoção desses métodos. Não sei se
funcionaria por aqui.
Carles: Na medida em que o esporte de alto rendimento deixa de ser uma
atividade meramente artística e se profissionaliza, é inconcebível não utilizar
dados, controles estatísticos e analíticos sobre desempenho, capacidade,
repetições positivas e negativas. E não só da própria equipe, mas dos
adversários. O contrário disso é sujeitar enormes investimentos e estruturas ao
bel prazer de um senhor que pode ou não estar inspirado, que tem bons e maus
dias. Demasiado risco e responsabilidade muito concentrada, não acha? Deve
haver uma certa resistência, compreensível até, mas não tenho dúvidas de que é
uma tendência.
Leia o resto desta publicação em
Nenhum comentário:
Postar um comentário