sexta-feira, 19 de julho de 2013

Rever conceitos para seguir adiante


Edu: Tenho muitas reservas com treinadores que passam muito tempo em países nem tão sintonizados com as realidades do futebol. Não se trata de preconceito, garanto. É pragmatismo. O técnico que passa muito tempo no Japão ou no mundo árabe corre o risco de perder alguns capítulos importantes, ninguém me tira isso da cabeça. Tudo bem, o mundo é uma aldeia, mas é uma questão de ritmo de atualização, mais do que de aprendizado. São tempos de upgrade contínuo e técnicos assim perdem o pique. Essa introdução é para falar de tipos como Paulo Autuori, que tem um currículo vencedor em grandes times do Brasil como Cruzeiro, Botafogo e São Paulo, mas ficou quatro anos no Catar, antes esteve no Japão e, agora, parece um peixe fora d'água, tanto nos meses que passou no Vasco, como no atual São Paulo. Estou sendo muito rigoroso na avaliação?
Carles: Talvez um pouco. Tudo depende da ambição e capacidade de aprendizado. Não acho que trabalhar longe dos grandes centros, referências de determinada atividade provoque necessariamente a defasagem de um profissional. Ainda mais em tempos de conectividade, como você lembrou, que permitem a quase qualquer um acompanhar as novidades, mesmo à distância. De todos os modos, temos que considerar os diferentes níveis de exigência, as prioridades que não são as mesmas, dependendo do país ou cultura. Não acho que seja mais dramático no mundo do futebol do que em outros mercados, a readaptação é um desafio que requer esforço mas não vejo que seja algo impossível.
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