segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A encruzilhada da renovação


Edu: Apostar numa renovação talvez seja o momento mais delicado para os times de alto nível, primeiro porque não pode se resumir a um momento, e sim a uma fase, e depois porque é preciso contar com a cumplicidade da torcida e da direção do clube. Ou seja, não é um processo apenas técnico. Tampouco é uma transição, parecida com a que faz o Barça neste momento e que talvez precise fazer a própria Seleção da Espanha. Falo de renovações mais profundas, como a que times brasileiros como Corinthians, São Paulo e Fluminense estão necessitando, por diferentes razões. Talvez aí, por uma questão estrutural, estejam as maiores diferenças em relação ao futebol europeu.
Carles: Digamos que, em tese, o futebol europeu tem estruturas preparadas e prontas para suprir as necessidades dos times principais. Na prática, o sistema é abortado ao primeiro sintoma eleitoreiro, em que os dirigentes sentem as urgências de oferecer às massas, carne humana de alto quilate, no lugar de bons resultados esportivos. Daí se originam os mais recentes desafios dentro do futebol moderno: quem é que pode se gabar de ter feito a contratação mais cara da história ou quem paga o salário mais alto do mercado. Inexplicável para qualquer marciano de bom senso ao que custaria entender o por quê de investir em estruturas de base, na formação de jogadores, para depois gastar dez vezes mais com um único jogador. O sistema de promoção dentro do próprio clube não é fácil, é complicado de construir e de manter, mas muitas experiências práticas de êxito provam que vale a pena.
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