Edu:
São tão raros esses movimentos que precisamos exagerar agora no estímulo para
que a coisa ganhe corpo e se torne um costume. O tal Bom Senso FC parece que
veio com firmeza de propósitos, tentando mexer de início em uma das mais
delicadas controvérsias do futebol: o calendário. Aquela semente de contestação
plantada outro dia pelo Paulo André ganhou inúmeros adeptos, principalmente os
veteranos (Alex, Ceni e outros). Ganhou também o apoio de técnicos como Tite e
Oswaldo Oliveira. Na origem de tudo estão as datas divulgadas pela CBF para o
ano que vem, ano de Copa, apertadíssimo, que será especialmente cruel com
clubes e jogadores. Acho que a história já chegou por aí né?
Carles: Na verdade, sopram por aqui ventos a favor do futebol de mercado e
escasseiam as brisas da capacitação associativa. Já sabe né, Merkel por maioria
e outras tragédias menores. Com todas as perdas, segue sendo a Europa o maior
reduto da organização social, migalhas de outros tempos. Lembro que, faz umas
duas décadas, o calendário de jogos por aqui parecia o período de férias do
Brasil, mas os altos salários foram sendo multiplicados e, com eles, a
necessidade de os clubes-empresa faturarem mais e aumentar a mais-valia. O
break do verão foi ficando cada vez mais espremido entre torneios e
caça-níqueis e vai acabar desaparecendo, pelo visto... Isso vale tanto para os
milionários como para os pobres proletários do futebol que são sempre muitos. A
associação de atletas profissionais é bastante tradicional por aqui, oferece
apoio e até montou um time de profissionais desempregados para exibições que ajudam
a encontrar clube, inclusive na China, como foi um caso recente. Dificilmente
as mobilizações contam com o apoio das grandes estrelas, como, parece-me, acontece
com o Bom Senso, que tenta o apoio de gente como Seedorf ou Ronaldinho. É isso?
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