quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O craque, o zoom e o tabuleiro de xadrez


Edu: Também somos torcedores sem fronteiras, como tantos por aí. Pertencemos àquele tipo de apreciador de futebol que lê e vê muito, identificamos estilos e padrões táticos com certa facilidade até. Logo, imagino que os treinadores e as equipes técnicas também têm acesso a tudo, certamente de uma forma mais sofisticada, porque são equipes especializadas voltadas para essa captação. Talvez isso explique, por exemplo, a fórmula encontrada por alguns times para neutralizar o Barça (o Santos não conta) e também a Seleção do Marquês. Será que cada vez existem menos segredos no futebol?
Carles: Nada se inventa, tudo se transforma. As novidades do Barça, se esmiuçarmos a história do jogo tático, nada mais são do que velhas estratégias recicladas, recuperadas e turbinadas com métodos e preparação física mais sofisticados e a grande esperteza do senhor Pep de observar as estratégias de outros esportes, bem menos conservadores (inclusive porque têm menor compromisso público e menos que perder). Portanto, opino que o mais meritório é a capacidade de se reinventar, de não se acomodar a uma mesmice vigente. O problema é que as reinvenções tem prazo de validade e precisam ser re-reinventadas sempre. Não posso evitar citar novamente Guardiola, que teve a sabedoria de se afastar do objeto para conseguir uma perspectiva crítica. Já Don Vicente não tem tempo para isso. Quanto aos segredos, espero que ele tenha algum guardado na manga porque ultimamente custa a La Roja surpreender alguém que não seja o Taiti.
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