Carles: Finalmente, o jogo do meio de semana do Barça contra a Real Sociedad mostrou uma porção de
coisas que esperávamos: que o time do Tata, se quiser, sabe jogar ao
tique-taca, que Neymar fez o primeiro gol na Liga, e que de tropeção também
vale, mas uma jogada em particular marcou esse jogo e não foi nenhuma das que
subiram ao marcador. Uma jogada que certamente passará a fazer parte dessas
montagens que começam com a finta do Pelé sem tocar na bola, ao uruguaio Mazurkiewicz, na Copa de 1970… só que esta é
uma ode ao jogo coletivo, são 28 toques no total, começando com a troca de
passes entre quase o time todo e como se fosse obra de um roteirista, acaba justo
nas botas dos quatro Beatles. Então, depois de uma sequência ao som de Ohhhhs! e com o corações de todos os presentes,
disparados (menos os deles), aconteceu o impossível: Messi falhou! ¿Pero que pasa? O gol convertido teria
acabado com toda a poesia do momento ou o argentino ficou meio atordoado, como
o resto de espectadores?
Edu:
Foi um daqueles lances de resgate, sublime. Pura estética, mesmo sem o gol, só
quem admira muito este jogo sabe como isso permanece forte na memória.
Assistindo ao vivo, durante aqueles segundos, fiquei imaginando o que poderia
estragar aquilo. A jogada poderia acabar a qualquer momento, com um descuido,
um resvalão, alguém poderia errar o passe, um adversário intruso poderia atrapalhar,
mas o lance nunca acabava, até Messi - que foi o pivô de toda a orquestração -
furar no último toque. E 8 dos 11 jogadores do Barça tocaram na bola. Quem foi
o incauto que disse que o futebol de mercado sufoca a criatividade e o
instinto?
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