sábado, 28 de setembro de 2013

Coreografia e hipnose, em 28 toques



Carles: Finalmente, o jogo do meio de semana do Barça  contra a Real Sociedad mostrou uma porção de coisas que esperávamos: que o time do Tata, se quiser, sabe jogar ao tique-taca, que Neymar fez o primeiro gol na Liga, e que de tropeção também vale, mas uma jogada em particular marcou esse jogo e não foi nenhuma das que subiram ao marcador. Uma jogada que certamente passará a fazer parte dessas montagens que começam com a finta do Pelé sem tocar na bola, ao uruguaio  Mazurkiewicz, na Copa de 1970… só que esta é uma ode ao jogo coletivo, são 28 toques no total, começando com a troca de passes entre quase o time todo e como se fosse obra de um roteirista, acaba justo nas botas dos quatro Beatles. Então, depois de uma sequência ao som de Ohhhhs! e com o corações de todos os presentes, disparados (menos os deles), aconteceu o impossível: Messi falhou! ¿Pero que pasa? O gol convertido teria acabado com toda a poesia do momento ou o argentino ficou meio atordoado, como o resto de espectadores?
Edu: Foi um daqueles lances de resgate, sublime. Pura estética, mesmo sem o gol, só quem admira muito este jogo sabe como isso permanece forte na memória. Assistindo ao vivo, durante aqueles segundos, fiquei imaginando o que poderia estragar aquilo. A jogada poderia acabar a qualquer momento, com um descuido, um resvalão, alguém poderia errar o passe, um adversário intruso poderia atrapalhar, mas o lance nunca acabava, até Messi - que foi o pivô de toda a orquestração - furar no último toque. E 8 dos 11 jogadores do Barça tocaram na bola. Quem foi o incauto que disse que o futebol de mercado sufoca a criatividade e o instinto?
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