ELIMINATÓRIAS
Edu:
Nigéria, Camarões e Costa do Marfim estarão por aqui em junho. Outro clássico
time africano, Gana, deve se garantir contra o Egito e Burkina Faso pode, com
um empate, passar pela Argélia, nos dois jogos que faltam nesta terça-feira.
Seriam cinco representantes da África subsaariana, o que não deixa de ser uma
atração à parte na Copa. Mas, mesmo com a presença de craques 'europeus' como
Drogba, Mikel, Essien, Eto'o e os irmãos Touré, pelo que andei vendo desses
times, acho difícil que os africanos deixem de ser, também neste Mundial, uma
atração muito mais exótica do que técnica. Parece até que a influência europeia
despersonalizou aquele estilo de futebol ao mesmo tempo anárquico e competitivo
dos tempos de Roger Milla. Será que algum deles é capaz de surpreender no nosso
clima tropical?
Carles: Uma sina une os destinos de Nigéria, Camarões e Costa do Marfim.
Todos eles foram promissores em alguma Copa, bem mais do que qualquer outra
seleção da África, talvez junto com Senegal que este ano perdeu sua eliminatória
para os marfinenses. E todos eles sucumbiram, adiando o que mais cedo ou mais
tarde vai acontecer. Você tem razão, na ânsia de tornar o futebol do continente
mais competitivo, andaram contratando treinadores europeus, de perfil sumamente
europeu, normalmente de segundo escalão, acostumados a times pequenos e por
isso obcecados pela disciplina tática. Eu não diria que isso provocou a perda
da identidade, prefiro pensar que é só uma crise de identidade e que o
componente tático vai se manter como complemento ao talento natural. Na página
da Fifa, após a classificação de Costa do Marfim, a última das grandes
promessas, o título foi: “Brasil, a última chance”, referindo-se à geração dos
Drogba, Touré e Kalou. Só que não acho que os africanos tenham toda essa pressa
e isso é parte da personalidade marca da casa. Para apressados, já estamos nós,
do chamado mundo ocidental.
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