Carles:
Alguns economistas preveem uma vida máxima de 5 anos para a Liga Espanhola,
antes de que vire um torneio como por exemplo o Paulistão, se já não virou.
Existem interesses comerciais para que frutifique a ideia de uma Superliga
Europeia, algo a que não parecem opor-se os dois grandes daqui, muito pouco
empenhados em fazer o derradeiro boca a boca na liga nacional. Os grandes
clubes do continente se parecem, cada vez mais, a empresas, alguns ligadas a
grandes corporações, o que contrasta com as gestões amadoras e os baixos
orçamentos dos clubes com vínculos locais. O grande objetivo é torcedores
pay-per-view e, a esse passo, as arquibancadas vão se transformar, logo, logo,
em grandes centros comerciais, sempre que se inclua, claro, o som cânticos
gravados, ao estilo Sitcom. É a
última estocada da espada da globalização sobre a cultura popular e, talvez
conviesse que urgentemente reforçássemos nosso apoio ao clube do bairro ou da
cidade. Antes que seja muito tarde.
Edu: Vamos
lá tentar decifrar esse apocalipse. Temos daqui a impressão de que a Liga
Espanhola é mesmo um caso sério de falta de horizontes, embora eu considere que
falta um tanto ainda, bem mais que cinco anos, para chegarem perto do Paulistão. Mas ainda
que o desfecho esteja próximo, fica difícil prever isso em termos continentais,
porque em certos países as fórmulas encontradas ainda preservam bastante os
vínculos e, se vermos pelo lado econômico, ingleses e alemães mantêm uma
solidez razoável e poderiam servir até de modelo a países como a Espanha e
mesmo a Itália. Acho até que, antes da Liga Europeia, haverá um período de
purgatório, que, aliás, é mais ou menos o que está vivendo neste instante o
Calcio, onde a venda para um grupo indonésio do último campeão europeu, a
Inter, meio que decreta o fim de uma era. Mas concordamos em um ponto, o
principal: é preciso se mexer.
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