sábado, 2 de novembro de 2013

Um outro futebol, mas futebol de todos os modos

FUTEBOL-MERCADO

Carles: Alguns economistas preveem uma vida máxima de 5 anos para a Liga Espanhola, antes de que vire um torneio como por exemplo o Paulistão, se já não virou. Existem interesses comerciais para que frutifique a ideia de uma Superliga Europeia, algo a que não parecem opor-se os dois grandes daqui, muito pouco empenhados em fazer o derradeiro boca a boca na liga nacional. Os grandes clubes do continente se parecem, cada vez mais, a empresas, alguns ligadas a grandes corporações, o que contrasta com as gestões amadoras e os baixos orçamentos dos clubes com vínculos locais. O grande objetivo é torcedores pay-per-view e, a esse passo, as arquibancadas vão se transformar, logo, logo, em grandes centros comerciais, sempre que se inclua, claro, o som cânticos gravados, ao estilo Sitcom. É a última estocada da espada da globalização sobre a cultura popular e, talvez conviesse que urgentemente reforçássemos nosso apoio ao clube do bairro ou da cidade. Antes que seja muito tarde.
Edu: Vamos lá tentar decifrar esse apocalipse. Temos daqui a impressão de que a Liga Espanhola é mesmo um caso sério de falta de horizontes, embora eu considere que falta um tanto ainda, bem mais que cinco anos, para chegarem perto do Paulistão. Mas ainda que o desfecho esteja próximo, fica difícil prever isso em termos continentais, porque em certos países as fórmulas encontradas ainda preservam bastante os vínculos e, se vermos pelo lado econômico, ingleses e alemães mantêm uma solidez razoável e poderiam servir até de modelo a países como a Espanha e mesmo a Itália. Acho até que, antes da Liga Europeia, haverá um período de purgatório, que, aliás, é mais ou menos o que está vivendo neste instante o Calcio, onde a venda para um grupo indonésio do último campeão europeu, a Inter, meio que decreta o fim de uma era. Mas concordamos em um ponto, o principal: é preciso se mexer.
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