sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Os nanicos na lei das selvas


MERCADO E PÉS NO CHÃO
Carles: Gostaria de propor aqui uma discussão que já tivemos pessoalmente no fim da temporada 2011-2012, quando o pequeno Levante, o segundo clube da cidade de Valencia, conseguiu se classificar para a Europa League, depois de estar durante algumas rodadas em postos Champions. Agora, o debate vem bastante ao caso, vista a grotesca trajetória da Real Sociedad no torneio continental, time que, na temporada passada, ofereceu um futebol invejável. A questão é: convém sempre aspirar aos máximos objetivos esportivos ou é preferível ser mais conservador, consolidar os projetos e pouco a pouco, aspirar ao Olimpo, porque, dizem, a queda desde lá dói fundo? Sem complexos, mas com os pés no chão.
Edu: Lembro bem dessa discussão e continuo defendendo que, para o torcedor e para a comunidade em geral, chegar a uma competição europeia é uma atraente meta, saudável aspiração, que precisa ser capitalizada de forma adequada pelos dirigentes nas poucas vezes em que acontece. Me parece difícil para um clube, por mais projeto e pé no chão que tenha, optar por 'não chegar’ e deixar amadurecer uma intenção dessas, deixar para o futuro. Às vezes o time acerta uma temporada iluminada e consegue chegar lá de forma surpreendente, queima etapas, mesmo que não esteja preparado para tal. É próprio do futebol. O problema é achar que a competição europeia é um fim, não uma etapa. Foi bom ou não para o Villarreal ter aquele time que fez sucesso na Champions, mesmo que anos depois tenha caído para a Segundona? O clube avançou ou não institucionalmente? O torcedor do Málaga desfrutou ou não da experiência na Champions do ano passado? A resposta é sim para as três questões. A bizarrice é considerar esse degrau como o topo da escada e muita gente que se julga gestor no futebol chega a essa conclusão precipitada.
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